terça-feira, fevereiro 27

Cinco questões para o PSD

Quem quer que seja(m) o(s) candidato(s) às eleições para a Comissão Política do PSD Felgueiras, deverá encontrar previamente resposta a algumas questões que acho importantes, a saber:

  1. A CP ainda em funções «hostilizou» demasiadas vezes os vereadores, chegando ao ponto de alguns elementos afirmarem que os vereadores não representam o partido. Sabendo que os vereadores não se vão demitir, que tipo de atitude pretende ter o candidato? Correr por fora, ou em conjunto com os vereadores na Oposição?
  2. O recém-eleito líder do CDS Felgueiras, Paulo Rebelo, disse na primeira entrevista que concedeu nessa qualidade, que o CDS está disponível para uma coligação nas próximas eleições autárquicas. Faz parte dos planos do candidato uma coligação com o CDS? (Claro que este cenário deve ser desde já ponderado, uma coligação demasiado próxima das eleições seria prejudicial)
  3. Que tipo de equipa pretende constituir. A continuidade (mais do mesmo) ou experiência e juventude misturadas. «Sangue novo», sem passado político ou o sistema vigente?Pretende ter presidentes de juntas de freguesia na CP vivendo sempre no «limiar do abismo» entre as votações nas AM e nas CP, ou ter uma CP essencialmente política?
  4. Que ideias traz para unir (e disciplinar) o grupo parlamentar na AM? Vamos finalmente ter mais e melhores vozes na AM?
  5. Que tipo de Oposição pretende fazer? Marcar a agenda política com temas prementes para os felgueirenses ou apenas ir a reboque dos acontecimentos?

São apenas algumas perguntas de muitas outras que cada um dos putativos candidatos terá que fazer a si mesmo e à sua equipa.

Há por aí quem jogue?

Confesso que tenho saudades de jogar xadrez, de estar ali perante aquela batalha no tabuleiro em amena cavaqueira com o companheiro(a) de jogo desfrutando com prazer daquele tempo. Quando comecei a jogar, e na falta de adversários, cheguei a jogar xadrez por correspondência federado. Agora, e por curiosidade, fui lá espreitar e não é que na classificação ELO (ranking de jogadores) ainda apareço, apesar de ter abandonado a competição. Que saudades!

segunda-feira, fevereiro 26

Levantou ou não levantou?

Na entrevista ao Expresso de Felgueiras, o vereador da Câmara Municipal de Felgueiras, Bruno Carvalho afirma que:
«(…) todos os danos causados no estádio, (…) foram contabilizados pelos serviços técnicos da autarquia e que a empresa os pagou no período que tinha sido determinado pela Câmara, não sendo assim necessário executar a caução.» [negrito meu].
Esta declaração pode ser ainda ouvida no site do Expresso de Felgueiras.
Esta notícia no Jornal de Notícias de 25 Fevereiro diz que:
«Bruno Carvalho, recentemente, disse que essa caução foi levantada pela câmara
Afinal ficamos em quê? Estou em crer que ouvida de viva voz a declaração reproduzida no Expresso de Felgueiras, essa corresponde à verdade, então porquê a outra notícia? O vereador disse no passado outra coisa ou o jornalista foi induzido em erro?

sexta-feira, fevereiro 23

Eleições PSD

Por aquilo que noticia o Expresso de Felgueiras, as eleições do PSD Felgueiras serão realizadas apenas nas primeiras semanas de Abril. Entretanto há já contactos por parte de pré-candidatos a militantes no sentido de criar uma lista consensual no partido. Segundo o EF, João Sousa está disponível para liderar uma candidatura dita de consensual.
Continuo a manter o que escrevi no passado e na crónica de opinião publicada hoje.
«Sou, por norma, avesso a consensos. Não há evolução sem discussão, não há reflexão. As grandes (e pequenas) evoluções da Humanidade foram feitas a partir de rupturas, algumas até em forma de guerras, a pior forma de resolver e ultrapassar os problemas. Defendo uma revolução por via das palavras. Para isso é necessário que haja condições para que a discussão se faça, que todos os intervenientes tenham possibilidades de se exprimirem livremente, de participarem num debate fora dos ambientes normalmente tensos das eleições
Haverá melhor oportunidade do que esta para aproveitar este lapso de tempo até Abril e fazer a discussão necessária?

Nem de propósito

Hoje o Expresso de Felgueiras, entrevista o vereador do pelouro do Desporto, Bruno Carvalho. De toda a entrevista apenas se justifica das acusações de que tem sido «vítima», apenas apresenta como «novidade» a Zona Desportiva.
Retive numa primeira leitura muito apressada, que finalmente apresenta algumas justificações e os custos do prejuízo causado pela prova de Freestyle ao Estádio Dr. Machado de Matos. Ao contrário daquilo que disse – que apenas respondia nos locais próprios e não a blogues e jornais – acabou por o fazer apenas ao EF:
«O vereador garante que todos os danos causados no estádio, (…) foram contabilizados pelos serviços técnicos da autarquia e que a empresa os pagou no período que tinha sido determinado pela Câmara, não sendo assim necessário executar a caução. Questionado pelo EXPRESSO DE FELGUEIRAS o vereador garante que os prejuízos ascenderam a cerca de metade do valor da caução
Ora, por aquilo que se sabe, a caução foi de 50.000 euros, portanto o prejuízo foi de cerca de 25.000 euros. Foi isso?
[adenda] Julgo que a célebre frase atribuída a Lincoln será ajustada: «Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente»

quinta-feira, fevereiro 22

Explique lá outra vez

No seu site, a Câmara Municipal de Felgueiras apresenta o mais recente projecto para a Zona Desportiva de Felgueiras. Aí, para além de informar que será colocado um relvado sintético, seis balneários, percurso de manutenção e espaços verdes a Câmara Municipal aproveita ainda para fazer uma parca justificação para o facto de não arrelvar o Estádio Municipal, depois da Prova de Freestyle que danificou irremediavelmente o relvado.
Mas, com um sentido pouco usual em comunicações públicas (costuma ser mais nas reuniões e em conversas privadas) ataca, sem colocar nomes, alguns dirigentes desportivos do concelho, dizendo, entre outras coisas:

Se todos os dirigentes desportivos concelhios tivessem efectivamente empenhados apenas na disponibilização de condições desportivas para os seus clubes, teriam defendido com a Câmara, desde a primeira hora esta solução. E assim não teríamos assistido às dificuldades que praticamente impediram a utilização deste complexo desportivo (até a relva do campo de treinos por sobrecarga de utilização tem exigido descansos!) remetendo alguns clubes para outros campos de futebol, nomeadamente em Varziela e Barrosas, com o desconforto que as deslocações e condições sempre diversas acarretam.” [negrito meu]
E ainda…

A Câmara Municipal não poderá continuar disponível para colaborar com clubes ou associações desportivas cujos dirigentes não reconheçam o apoio e atenção do município para com o desporto e o saibam potenciar como ajuda imprescindível aos clubes e à prática desportiva.”[negrito meu]
Como é que é? Quer dizer que os dirigentes desportivos vão ter que agora reconhecer uma coisa que não existe? Onde está o «apoio e atenção do município para com o desporto»?


Mesmo que exista, que tipo de declaração é esta que o Vereador do Desporto faz?

sexta-feira, fevereiro 16

Andam a brincar?!

Fiquei muito surpreendida por saber que no passado Domingo, o café-bar Montana fechou as portas. Este estabelecimento, situado no monte de St.ª Quitéria e propriedade da Câmara Municipal de Felgueiras, esteve concessionado.

A versão facultada (e para mim, a única até este momento) pelas fontes próximas do empresário, a quem foi atribuída a concessão e que explorava o Montana, é a de que a Câmara Municipal não tinha licença de contrução naquela zona e por essa razão denunciou o contrato.

A ser verdade que o executivo camarário não só é responsável pela edificação ilegal, como ainda lucra com isso, cedendo-a à exploração, só posso concluir o seguinte: ou temos uma Câmara Municipal incompetente, por desconhecer os preceitos legais, ou preversa, por se sobrepor a eles.

quarta-feira, fevereiro 14

Holofotes

Numa altura em que Felgueiras estará, novamente, debaixo dos holofotes da comunicação social, com o inicio do julgamento do processo conhecido como «saco-azul», importa que as oposições tenham um papel responsável no tempo que aí vem.
Não adianta tomar posição sobre o famigerado caso, a não ser dizer que se «aguarda pela decisão da justiça». As oposições devem dedicar o seu tempo a fazer aquilo que se espera delas: Oposição. Mas a tentação é muita e já diz o Povo: … a carne é fraca.

segunda-feira, fevereiro 12

Cuidado!

Segundo o «Expresso de Felgueiras», «Caldas Afonso esclarece que nesta fase discorda da compra de imóvel».
“O vereador social-democrata contactou o EXPRESSO DE FELGUEIRAS solicitando que a sua posição sobre aquele ponto da ordem de trabalhos, o mais polémico da última sessão da AM, fosse “devidamente esclarecida”.”
Porque:
“…após pedido de esclarecimento de deputados municipais do seu partido, afirmou que ficou perplexo com o agendamento daquele ponto na ordem de trabalhos, sobretudo depois de recentemente a maioria camarária ter aprovado, com os votos contra dos três vereadores da oposição, uma deliberação para a reformulação do projecto de Alcino Soutinho no sentido da ampliação dos paços do concelho.”
Aquilo que tinha sido publicado inicialmente pelo E.F. foi:
“Antes, sobre aquele ponto da ordem de trabalho, mas com a autorização da presidente Fátima Felgueiras, já tinha falado o vereador do PSD, Caldas Afonso, que reafirmou a sua concordância com a compra do imóvel por parte da edilidade” [negrito meu]

Afinal é muito diferente daquilo que foi dito em primeiro lugar! É compreensível que eu enquanto amigo saiba que erros acontecem, mas há situações em que todos os cuidados são poucos. Principalmente quando está em causa o rigor, a transparência e a seriedade de um projecto.

Há Vida num sorriso? (1) (2)

Foi há cerca de quatro anos. No âmbito da minha actividade profissional tenho que entrar em muitas casas, umas mais bonitas que outras, umas mais pequenas que outras. Há algumas com aspecto de palácios, entradas faustosas, há colunas e escadarias, vitrais e fontes dentro de casa. De algumas, quase espero ver sair um qualquer sultão das arábias, mas estamos em Felgueiras e sultões ainda não há por cá. Era um dia solarengo, primaveril, ainda frio, e chegados ao local combinado, eu e o proprietário de uma humilde casa com um quintal mais pequeno que muitos terraços e a casa mais pequena que muitas salas, este, passou a explicar. «Não moro aqui», disse, fiquei aliviado pensando: «ainda bem, daqui de fora já dá para perceber que não tem condições nenhumas». Ainda não tinha acabado o pensamento e o proprietário completava: «tenho aqui uns pobres diabos como inquilinos». Não queria acreditar. Batendo palmas para chamar quem lá mora, o proprietário dizia alto «ohhhh da casa!». De lá de dentro, da escuridão quase grutal saiu uma miúda magrinha, não mais de 8 anos, com os olhos mais azuis que alguma vez vi. Questionada quanto ao paradeiro dos pais respondeu com um encolher dos ombros, estava em casa sozinha com a irmã. Mesmo assim o proprietário insistiu em me mostrar a casa. O que vi a seguir ficará para sempre na minha memória.
Na exígua casa existem apenas duas divisões. Uma cozinha e um quarto. Na cozinha, tão negra como uma gruta, onde mesmo de luz acesa era difícil distinguir qualquer coisa, estava uma cadeira de bebé, no meio da divisão e lá sentada, uma outra menina. Com a porta mais aberta a luz chegou até ela e sorriu-me. Tinha três anos segundo a irmã, não andava, não falava, apenas sorria e olhava para o infinito. A roupa quase tão suja como as paredes, e na cara igualmente suja os olhos azuis, como os da irmã, eram faróis implorando ajuda. Dizia a miúda mais velha que estava a tomar conta da irmã porque a mãe tinha ido ao médico e do pai não sabia dele desde o dia anterior. É hábito ele passar a noite fora, caído numa qualquer valeta completamente bêbado. Por vezes a mãe tem que ser internada durante dois ou três dias e o pai não aparece. Aí, dizia a pequena Maria, tenho que faltar às aulas para tomar conta da minha irmã. O mundo à sua volta só dava conta daquela tragédia quando, faltando às aulas, a professora ia à procura dela e ficava a saber da situação.
Aí não aguentei mais. Pedi desculpa ao proprietário e saí, vim embora dizendo que não conseguiria vender aquela «casa». Nunca vi tamanha miséria e saí de lá a pensar por que motivo tinham vindo ao mundo aquelas duas crianças. Para sofrer?
Numa altura em que se referenda a despenalização da IVG (interrupção voluntária da gravidez), alguns dos leitores destas minhas crónicas dirão: era preferível ter abortado, para quê trazer crianças ao mundo sem condições? Outros, que os pais deveriam ser acompanhados, com programas especiais, aconselhamento profissional, apoio familiar. O aborto não é opção. Independentemente do resultado do referendo, jamais esquecerei aquele sorriso cheio de Vida!
(1) [Expresso de Felgueiras 9 Fev' 07]
(2) Por manifesto lapso na edição do jornal, o último parágrafo desta minha crónica saiu alterado com a introdução, repetida, do final do penúltimo.

sábado, fevereiro 10

Hotspot

A Câmara Municipal de Felgueiras, instalou em Felgueiras dois Hotspots de acesso gratuito à Internet. (Praça da República e Alameda de Sta. Quitéria) no âmbito do projecto «Vale do Sousa Digital» e no seguimento do que já foi feito noutros concelhos do Vale do Sousa. Para já o mérito da iniciativa, positivo, numa altura em que já não se passa sem a Internet e depois uma crítica. Num concelho com duas cidades e duas vilas, apenas foram colocados dois acessos no centro da cidade de Felgueiras.

Chumbo

A Assembleia Municipal de Felgueiras chumbou ontem a proposta do Executivo para aquisição do imóvel atrás do edifício camarário por quinhentos mil euros. Os motivos pelos quais eu era frontalmente contra esta aquisição ficaram bem patentes em diversas postas e crónicas pelo que não as vou aqui repetir. Apenas me congratulo pela atitude democrática demonstrada pelos eleitos municipais. O mesmo já não se pode dizer de todos os elementos, segundo afirma o Expresso de Felgueiras.
[adenda 11:50] Segundo algumas informações e notícias locais, A Assembleia Municipal de ontem teve aspectos muito negativos. Nomeadamente quanto à falta de elevação na discussão, com troca de «mimos», alguns deles a roçar o insulto. Não é uma situação que dignifique a instituição A.M. e muito menos os intervenientes.

quarta-feira, fevereiro 7

Boa ou má Fé?

"Dirigentes do FC Lixa anunciaram a sua demissão em bloco em protesto pela não celebração de um contrato de publicidade por parte da Câmara de Felgueiras. (...) Segundo os dois dirigentes, a Câmara não honrou o compromisso que tinha para com o FC Lixa de disponibilização de uma verba de 100 mil euros, no âmbito do contrato de publicidade (...) garantem que não há condições para continuar caso a Câmara não mude a sua decisão, uma vez que os compromissos assumidos no início da época desportiva partiam do princípio de que estava assegurado o acordo com a auatarquia, que garantem ser legal" in Expresso de Felgueiras
Os dois vereadores do PSD abstiveram-se na votação por terem dúvidas quanto à razoabilidade do montante, requereram um parecer que "não deixa qualquer dúvida sobre a ilegalidade da concessão de quaisquer subsídios a clubes de futebol, independentemente da forma directa ou indirecta em que sejam efectuados". Mas, apesar do resultado do dito parecer, não deram as negociações por terminadas e "solicitaram informação "sobre o valor real possível para um eventual contrato de publicidade, adequado ao serviço publicitário a prestar e de acordo com os valores normais de mercado"".
Tenho uma dúvida e um conselho.
A dúvida é:
1- Será que para os dirigentes do Lixa, ou o contrato é no valor de 100 mil euros, ou não há contrato?
E o conselho o seguinte:
Entre nós vigora o chamado "mirror image rule", que consiste no facto de não se considerar celebrado um contrato enquanto não houver acordo das partes sobre todas as cláusulas principais. Apesar do dever de boa fé na fase negocial, já diz o povo que " Não se deve contar com um ovo quando ainda está dentro da galinha".

sexta-feira, fevereiro 2

Apenas para que conste - XIII

Continuamos a aguardar, serenamente, a divulgação dos resultados do relatório de vistoria efectuada, com quantificação dos prejuízos financeiros, ao Estádio Municipal Dr. Machado de Matos, pelo vereador Dr. Bruno Carvalho, responsável pela área do Desporto.
[Nota] Os últimos acontecimentos, contrato de publicidade com o F.C. Lixa e principalmente o facto de deixar o estádio municipal pelado, aliados ao facto do vereador não dar explicações aos felgueirenses, denotam uma vez mais a inabilidade política do vereador. O que eu estranho é que o deixem cometer estes erros. A quem interessa ver o vereador estatelado?