terça-feira, setembro 30

Ética Política

Marques Mendes veio trazer à discussão política um dos “temas bandeira” do seu mandato e que tantos anticorpos dentro do PSD lhe valeram. O da ética política.
Não deixa de ser caricato que tendo o parlamento aprovado alterações à Lei, não tenha contemplado até agora algumas medidas que permitiriam recuperar, pelo menos em parte, a credibilidade perdida e a confiança nas instituições, nomeadamente a parte sobre a inelegibilidade para os órgãos de acusados em determinados crimes, assim como apenas uma votação para um órgão, Assembleia Municipal, de onde sairia o presidente de câmara (como acontece para o governo). Claro que há muita gente pouco interessada nesse tema e por aí, (na gaveta) deverá ficar…

segunda-feira, setembro 29

isto vai ser cá uma igualdade...

A famosa Lei , que dá tratamento “igual” a mulheres e homens na política, promete vir a dar que falar nas próximas eleições autárquicas. Quem me costuma ler, sabe da minha opinião sobre esta matéria, acho desprestigiante para as mulheres terem que ter quotas disponíveis para que possam aceder a um lugar que em teoria deveria ser ocupado pelo mérito, e há muitas (felizmente cada vez mais) que estão em condições de ver as suas capacidades reconhecidas. Contudo, para preenchermos as ditas quotas, num país, num concelho e numa freguesia onde para a grande maioria dos homens o lugar das mulheres é na cozinha, vamos colocar quantas incompetentes nas listas, quando se sabe que a disparidade entre o número de mulheres e homens na política é enorme?

é aproveitar enquanto dura...


Não fosse o caro PCR publicar aqui um post e eu já nem me lembrava que tenho aqui mais gente com o nome estampado na coluna da direita. O que vale é que as eleições vêm aí, e a escrita espera-se mais aguçada, ou pelo menos mais constante. O pior é se nessa altura já não há F2005…

sábado, setembro 27

O Carro Vassoura

A minha opinião àcerca da criatura é bem conhecida.

Nutro por ele o sentimento que nutro pelos coitadinhos desta vida. Mas Deus Nosso senhor assim o fez, é filho de quem é e afilhado de quem é.... o resto é paisagem.

Ele é trapalhada atrás de trapalhada; asneirada atrás de asneirada. Cruzes canhoto c'o dito cujo não acerta uma!

A prática desportiva em Felgueiras está, hoje, pelas horas da amargura. Não fossem uns carolas, pelas freguesias fora, e a coisa estaria limitada às correrias para o trabalho!

Primeiro acabaram com os relvados após uma famosa prova de motorizadas em cima do relvado do Estádio Dr. machado Matos. Vergonha! Vergonha!

Depois a menina-dos-olhos, a natação, foi ao fundo.... as medalhas são para "Felgueiras".... mas até as sandes são pagas pelos pais...

Depois as bicicletas! Esta é fabulosa e só poderia mesmo ter saído de uma cabecinha como a do Dito Cujo!

Quantos ciclistas federados há em Felgueiras? Eu não conheço nenhum, mas...

Eu já não vivo em Felgueiras; já não voto em Felgueiras. Ao menos sou coerente. Já outros não vivem em Felgueiras mas exercem cargos políticos em Felgueiras. Se calhar é por isso que se estão nas tintas para Felgueiras! Querem é uns minutos na TV!

Felgueiras é, cada vez mais, o Carro Vassoura deste nosso Portugal.

'Tá na hora de dar uma Vassourada nesta gente!




sexta-feira, setembro 26

A Volta valeu a pena? (2)

Depois deste post surgem no Expresso de Felgueiras de hoje, alguma questões a ter em conta:
Afirma o vereador que a Câmara ainda não pagou um cêntimo dos 125.000 € estando a efectuar um estudo das contrapartidas que a PAD proporcionou ao concelho. Uma das formas de medir tais contrapartidas é através de um estudo elaborado pela Marktest. No seu site podemos já verificar o share (33.0%) e a audiência média (6.8), ficando a aguardar o tal estudo final. Contrapartidas para a hotelaria? Por casualidade estive nesse dia de manhã a fazer umas fotos na zona histórica de Guimarães e um pouco por todo o lado estavam alojados elementos do staff, jornalistas e as próprias equipas da volta. Chegado a Felgueiras o único veiculo que vi foi este:

Não estou contra a realização de um evento destes em Felgueiras. A questão não é essa, mas sim: está o nosso concelho em posição de gastar este dinheiro num evento que trará algum (quanto?) retorno (muito televisivo)? Eu acho que não. Já agora, e como estamos em altura de estudos, que tal um para saber o real benefício que 125.000 € trariam à juventude do concelho se fossem aplicados na mesma área – desporto – com formação, novas modalidades, incentivo ao associativismo, etc.

sábado, setembro 20

A Volta valeu a pena?

Segundo a Proposta do vereador do Desporto aprovada pela câmara municipal de Felgueiras com quatro votos a favor e três contra (PSD e PS), o Município de Felgueiras pagou à empresa PAD, Produção Actividades Desportivas SA., por ajuste directo, a quantia de 125.000,00 € + IVA pela realização da etapa final da Volta a Portugal em bicicleta em Felgueiras, depois de verificada a existência de “dotação orçamental (…) na rubrica de EVENTOS DESPORTIVOS”.
Depois de arrancados dois relvados municipais com a alegada desculpa de que diminuiria a manutenção dos recintos, uma vez que o uso intensivo dos mesmos por vários clubes obrigaria a mais manutenção esta autarquia preferiu investir numa fútil festa de uma tarde, com 15 minutos de fama televisiva como bem argumentou o vereador na sua proposta, a com a reconhecida “dotação orçamental” fazer face à necessária manutenção de um património municipal. Será caso para perguntar: para quanto tempo de manutenção davam 125.000,00 €? E será que a Volta valeu a pena?

terça-feira, setembro 16

O mundo não está menos perigoso (*)

Sete anos passaram depois do 11 Setembro. O maior ataque terrorista de que há memória ainda ecoa, quer seja porque o mundo não está mais seguro, porque o mentor de tais ataques – Bin Laden – ainda não foi capturado, porque as guerras no Iraque e Afeganistão ainda estão longe de estarem resolvidas, embora agora o número de mortos diários passe apenas em rodapé nos telejornais, em vez de ser abertura dos mesmos, ou então porque a memória das cerca de 3.000 vítimas, ainda está bem presente. O mundo continua a ser um local de muitos perigos e o terrorismo é a face mais visível dos mesmos.
Por cá, longe do terrorismo, temos assistido a um aumento da criminalidade violenta e não vale a pena negá-lo ou tentá-lo esconder atrás de super-operações policiais. Claro que o aumento destes casos e da natural apetência do ser humano para as tragédias, fazem com que os jornais e televisões dêem um maior destaque ao assunto – principal argumento do governo para desmentir o aumento – mas o cidadão sente no dia-a-dia, na sua família, na sua zona de residência que há sempre mais um caso. Aqui mesmo em Felgueiras temos tido notícias de assaltos a farmácias e bombas de gasolina, principais alvos dos meliantes. Este é, também, um sinal da degradação social, da maior pobreza, das, cada vez maiores, dificuldades que os portugueses encontram para sobreviver. Há falta de melhor argumento, veio o ministro da Administração Interna, defender o governo dizendo que melhorias podiam já ter sido feitas, não fosse o Presidente da República, ter vetado a Lei Orgânica da GNR, implicando a mais alta figura da Nação, e obrigando o Palácio de Belém a emitir um comunicado a desmentir qualquer relação do Presidente da República e os atrasos na aprova da Lei. Haverá quem se lembre de outras, mas esta não pensei que lembrasse a alguém!
Terminou a novela do silêncio de Manuela Ferreira Leite com as suas declarações no final da Universidade de Verão. Depois de um período de tempo em que não falou, a sua intervenção (e a falta desta) despertou mais interesse e teve mais impacto que todas as festas do Pontal em conjunto. Gostaria de ver os críticos e a grande maioria da comunicação social, a “cobrarem” declarações e posições ao primeiro-ministro, que esse sim, estando há três anos no governo tem opinião sobre tudo – pelo menos deveria ter – e não à líder da oposição empossada há três meses. É este primeiro-ministro e este governo que vão ser avaliados nas urnas e não a líder da oposição, e por isso são estes que devem dar explicações aos portugueses, principalmente àqueles que os elegeram.Tal como o governo, as autarquias locais terão que ser avaliadas nas urnas no próximo ano. Muitas recandidaturas, e por cá temos um impasse devido ao tristemente célebre processo do “saco-azul”, deixando os partidos políticos as decisões dos “cabeças de cartaz” para depois do julgamento. Quando às freguesias, o PSD leva já trabalho feito, pelo menos no que diz respeito a saber quem quer nas suas listas, e a coragem demonstrada é necessária, pena é que não se tenha tomado essa decisão há mais tempo. Há presidentes de junta de freguesia, que apesar de terem sido eleitos com o apoio de um partido, não se inibem de tomar posições no mínimo “estranhas” nas votações. Apesar do risco de se perder uma freguesia, é importante ter representantes em cada uma das outras eleitas com preparação política e com valores morais como a lealdade. Vamos ver no que isto vai dar…
(*) Expresso de Felgueiras, 12 Setembro 2008

sábado, setembro 6

PSD admite perder juntas

Segundo o EXPRESSO DE FELGUEIRAS, na sua última edição, o PSD Felgueiras admite, através de uma fonte próxima da concelhia, perder alguns presidentes de Junta para o Movimento Sempre Presente (MSP). Os presidentes apontados como possivelmente “perdidos” são os das Juntas de Idães, Unhão, Regilde e, eventualmente, Revinhade.
Relativamente a esta questão dos presidentes de Junta, já todos conhecem a minha posição, manifestada por diversas vezes.
Os presidentes de Junta são, graças a esta Lei eleitoral, o “elo mais fraco” na cadeia política. Completamente à mercê dos presidentes de câmara, são permanentemente chantageados com vãs promessas de obras na sua freguesia em troca de um voto imediato numa Assembleia Municipal. A falta de preparação política de muitos (culpa também de quem os escolhe, pela errada escolha e pela falta de formação), faz com que não vejam as vantagens das posições em bloco nas A.M. (como se viu recentemente em Felgueiras). Mantenho a convicção que uma A.M. constituída apenas por elementos eleitos directamente para o órgão, e sem presidentes de junta, traria melhores resultados às Democracias locais. Apenas dou um exemplo, os presidentes de câmara também não têm assento na Assembleia da República e não deixam de nos momentos próprios fazer valer as suas reivindicações.Quanto aos presidentes “proscritos”, não há surpresas. Idães foi desde logo um tremendo erro político. Nunca percebi, nem na altura e muito menos depois, as vantagens de ter tal elemento no PSD. Unhão, já era no anterior mandato um outsider, quase sempre desalinhado com o PSD. Apesar da sua maior proximidade a esta concelhia, revelou querer manter esta postura de “independente” ao longo do mandato, assim como os representantes de Regilde e Revinhade. É uma atitude correcta do PSD, deixar desde já esclarecidos os “titulares dos cargos”, quanto à sua permanência nas listas. Antecipa a discussão para uma altura correcta, arranjando já substitutos e mesmo sabendo que há freguesias muito difíceis e provavelmente perdidas.

quinta-feira, setembro 4

Dança de cadeiras (*)

Fim de férias. Regresso a mais um ano (a mudança de “ano” é cada vez mais nas férias) de trabalho, aulas, e a tudo aquilo que nos espera fora da vida familiar. Mesmo o ano político é marcado pelas férias. São famosas as dos políticos que fazem capa de revistas cor-de-rosa, assim como aqueles mais comedidos nas aparições públicas mas que usam as férias para preparar a estratégia para o ano político seguinte. Mário Soares usava as suas para as grandes decisões políticas, incluindo as remodelações governamentais e as suas candidaturas.
Atendendo aos três actos eleitorais do próximo ano, os políticos deste país não devem ter passado muito tempo na praia, congeminando porém, em faustos almoços entre amigos políticos, a estratégia. Os jornalistas vão ter um ano em cheio. Com novidades políticas diárias, o difícil vai ser fazer passar a informação mais importante, o que faz a diferença, dificultando o trabalho às “centrais de comunicação”. A luta pelos minutos televisivos e pelas manchetes dos jornais vai ser titânica, deixando apenas espaço para os cabeças-de-cartaz.
O regresso dos trabalhos ao Parlamento irá, sem dúvida, trazer mais trabalho e intervenções políticas àqueles que nada fizeram durante o mandato decorrido. Pode estar em causa a permanência nas listas das próximas eleições e nenhum quererá arriscar, principalmente desde que os jornalistas resolveram tornar público o “trabalho” feito por alguns dos ilustres deputados da Nação.
Interessante seria, por cá, fazer o mesmo levantamento nas bancadas da nossa Assembleia Municipal. Contam-se pelos dedos de uma mão aqueles que fizeram intervenções na A.M. desde o início do mandato, dentro de cada bancada, não sei se por falta de jeito, se por não se quererem expor, seja o que for. Vemos membros de uma bancada (independentemente do partido político que representam) que não fazem uma única intervenção em vários mandatos consecutivos (!!) e muitos outros que nem sequer comparecem às reuniões de preparação das A.M. que os partidos pelos quais foram eleitos convocam. Por isso é que a grande maioria das vezes (salvo honrosas excepções) é que os debates são tão politicamente pobres. Esta pobreza de intervenções políticas não fica apenas confinada aos membros eleitos directamente, os presidentes das juntas de freguesia, com direito de participarem nas A.M., ou de se fazerem representar, deixam passar inúmeras oportunidades de fortalecerem a sua posição política, quer junto dos partidos pelos quais foram eleitos, mas principalmente junto dos seus fregueses, que os elegeram, pensando pelo contrario, que “quando menos ondas fizer, melhor”. Será de prever que mesmo numa bancada como a de uma Assembleia Municipal, haverá quem, no final de mandato “perca a cabeça” e faça uma ou duas intervenções mais arrojadas apenas para mostrar a quem de direito que está vivo, não adormeceu na cadeira e que está pronto para estrear no próximo mandato as novas instalações da A.M.. Sintomático, pois claro, do estado de coisas que por este Portugal fora se encontram. E depois ainda se admiram que os portugueses olhem com desconfiança para a política.
(*) Expresso de Felgueiras, 29 Agosto 2008

quarta-feira, setembro 3

Conversas Cruzadas

O painel de comentadores do programa da Rádio FelgueirasConversas Cruzadas” já está completo. Estão confirmadas as presenças de Hélder Quintela, Júlio Antunes, Bruno Carvalho e eu mesmo.
A linha do programa será a mesma, estando a primeira edição prevista ainda para este mês de Setembro. Um espaço de opinião pessoal, sobre todos os temas “quentes” do momento, nacionais ou concelhios.