segunda-feira, março 19

Queiram ver as diferenças *


Dois anos e meio decorreram desde que a coligação Nova Esperança, PSD / CDS-PP, ganhou as eleições autárquicas em Felgueiras. Este é o primeiro executivo de maioria não socialista desde o 25 de Abril de 1974, sendo por isso normal que todos aqueles – e foram muitos – que depositaram a sua confiança neste executivo, elegendo como presidente Inácio Ribeiro, queiram ver diferenças em relação ao passado.
Os primeiros a exigir obra feita – apenas dois meses depois da eleição - foram, desde logo, as bancadas da oposição em plena Assembleia Municipal. Vejamos; os membros da Oposição na Assembleia Municipal de Felgueiras – PS e Movimento Sempre Presente, que não são mais do que duas fações da mesma família socialista - queriam, passados noventa dias (!!), obra feita. Reivindicaram, veementemente, durante algum tempo mas agora ninguém os ouve a esgrimir a cobrança de uma promessa ou obra que não esteja feita. Por mais que na rua, no boca-a-boca, possam dar continuidade a uma campanha de desinformação, no local próprio que é a Assembleia Municipal nada acrescentam. Aliás, a última Assembleia Municipal realizada foi um espetáculo que deverá envergonhar muitos dos membros da mesma. Uma total falta de respeito pelo Regimento, para não falar de uma falta de elevação das intervenções e mesmo de conversas paralelas nada dignas. Nem mesmo as sucessivas chamadas de atenção do presidente da A.M., que referiram o triste espetáculo que o público presente assistia, fez acalmar os agitadores de serviço.
Este Executivo terá que prestar contas no final do mandato aos eleitores, que avaliarão o desempenho até àquele momento. Mas, se o quisessem fazer agora teriam já muito para avaliar. É toda uma nova forma de ver a gestão autárquica que se tem implementado, resultando numa muito maior rapidez desde a idealização da medida a tomar até à sua concretização. Não existem obras contempladas em planos durante anos e anos (Como a Casa das Torres e a Praça Dr. Machado de Matos foram exemplo). Veja-se o que aconteceu com a área do Desporto: depois da destruição completa do Estádio Dr. Machado de Matos, foi recuperado, prestando um enorme serviço às coletividades desportivas, fim para o qual existia. Temos a piscina municipal em recuperação que estava completamente degradada há vários anos, assim como o pavilhão gimnodesportivo, temos, na Lixa, sempre esquecida no passado, a zona desportiva em recuperação. Mas todas estas obras não têm apenas um papel de intervenção, têm também um cariz de poupança. A piscina municipal vai ser dotada de um melhor sistema de aproveitamento energético para aquecimento de águas e ar, o Estádio Dr. Machado de Matos foi dotado de um sistema de aproveitamento de águas de rega, assim como com furos de água, baixando substancialmente os custos da autarquia com todos estes equipamentos. A antiga forma de investimento sem qualquer preocupação dos custos fixos que oneram todos os meses as contas da autarquia, está a ser substituída por investimento qualificado e medidas de redução dos custos como, por exemplo, a que se prende com a iluminação pública que prevê reduzir em 40% a fatura da eletricidade sem perda de qualidade e quantidade de iluminação.
Mas o maior investimento que se pode fazer é nas pessoas, nos munícipes de Felgueiras. Na área social nunca se investiu tanto como este executivo o faz. A promessa política de fornecer livros aos alunos do 1º ciclo foi entretanto alargada ao 2º ciclo, nos escalões A e B, abrangendo três mil alunos. Mas os mais idosos não foram esquecidos com a criação do “Cartão do Munícipe Sénior” que permite obter comparticipações em medicamentos, descontos em determinados serviços camarários como no consumo de água, eventos culturais e de lazer.
Assim, apenas por algumas medidas aqui retratadas, talvez se perceba a dificuldade da oposição encontrar onde possa contribuir para continuar a transformar Felgueiras numa terra + Positiva. 
* Expresso de Felgueiras, 15 março 2012.

sexta-feira, março 2

CDS distancia-se do executivo municipal


Na edição de hoje, o «Expresso de Felgueiras» publica uma extensa entrevista a Madalena Silva, líder do CDS Felgueiras. Não surpreende nada a pública rutura com o seu parceiro de coligação, PSD. Aliás, já aqui tinha adiantado isso mesmo em 28 de Dezembro 2011. Era previsível. A única coisa que fica no limbo é a questão Fátima Felgueiras, que prontamente afastou mas que estará a ser seriamente equacionada.
Para Madalena Silva é incontornável o facto de achar que a anterior liderança do CDS conduziu mal as negociações para a coligação. Achou, e acha, que o CDS deveria ter mais lugares no executivo municipal e deixou bem claro que o futuro da coligação dependerá desses lugares executivos.
O timing da entrevista também é o apropriado (Madalena Silva faz questão de dizer que está bem assessorada no partido ao nível da comunicação política), a seguir à mudança da liderança na CPC do PSD e numa altura em que se começam a discutir as lideranças nos restantes partidos com vista a começar a preparar o processo eleitoral autárquico, a líder do CDS faz questão de dar o mote e colocar o tabuleiro de xadrez na mesa.
E o jogo que quer mostrar é simples, aparecendo a dizer: tenho o partido pronto, estamos a trabalhar num programa eleitoral, a trabalhar em cada uma das freguesias e militantes e estaremos prontos a ir a votos sozinhos, sabendo que apesar de terem sempre votações irrisórias, são mais fortes juntos com o PSD. É histórico, o PSD só conseguiu estar perto da vitória com uma coligação com o CDS (ex-AD) e agora a vitória com a coligação Nova Esperança.
Resta saber é como vai reagir o PSD depois desta entrevista.